Monstro da Calma

Monstros das Emoções

A ZIPPY criou  6 personagens imaginárias e coloridas – Monstros das Emoções. Cada emoção é representada por uma personagem única, com características visuais específicas, que ajudam a transmitir a essência dessa emoção.

As personagens têm histórias e personalidades com as quais as crianças se relacionam, tornando mais fácil e divertido aprender sobre as emoções.

Todo este projeto foi desenvolvido com total apoio científico de um dos mais renomados pediatras portugueses, Prof. Dr. Mário Cordeiro.

Monstro do Medo
Monstro da Felicidade
Monstro da Raiva
Monstro da Vergonha
Monstro do Medo
Monstro da Calma
Monstro da Tristeza
Monstro da Felicidade
Monstro da Felicidade

Estar «Feliz» é estar satisfeito, sem ambições desmedidas, é ter vistos objetivos atingidos, ter alcançado patamares mais elevados e níveis superiores de aperfeiçoamento, seja para si próprio, seja para os outros.

Prof. Dr. Mário Cordeiro

Monstro da Raiva
Raiva

A «Raiva» é a expressão negativa da agressividade, podendo resvalar facilmente para a violência. Resulta do inconformismo perante a realidade e a impossibilidade de ultrapassar a frustração, perante as expetativas (que são exageradas) e a realidade (que é posta para baixo).

Prof. Dr. Mário Cordeiro

Monstro da Vergonha
Monstro da Vergonha

«Vergonha» é o sentimento, desagradável, com o receio de parecer ridículo ou ficar mal visto aos olhos dos outros ou de si próprio, ou servir para rotular um ato indecente.

Prof. Dr. Mário Cordeiro

Monstro do Medo
Monstro do Medo

Ter ou sentir «Medo» é sentir que algo de mau pode ou vai acontecer, que somos frágeis e pequeninos, que há forças maiores do que nós que nos querem fazer mal, que pode acontecer algum desastre, qualquer coisa que vai correr mal, e em que vamos ficar lesados, feridos ou até morrer. O «medo» é um sentimento mais emocional do que racional.

Prof. Dr. Mário Cordeiro

Monstro da Calma
Monstro da Calma

A «Calma» é um estado de espírito de paz, serenidade e equilíbrio interno, no qual nos sentimos bem connosco próprios e com a realidade.

Prof. Dr. Mário Cordeiro

Monstro da Tristeza
Monstro da Tristeza

Estar «Triste» é sentirmo-nos mal connosco próprios e com o mundo, um mal-estar que vem de dentro, mesmo que até nem saibamos porquê. Não nos sentimos bem, nem felizes e só nos apetece estar quietos, talvez até chorar, estar em silêncio, não brincar com os outros.

Prof. Dr. Mário Cordeiro

8 Ferramentas Facilitadoras

Discutimos com especialistas em desenvolvimento infantil e dois pontos em comum emergiram: a necessidade de ferramentas que ajudem as crianças a falarem sobre as suas emoções, de forma aberta e saudável, e ferramentas que apoiem os adultos a iniciar e orientar esta conversa. Conheça-as:

ziggy
bata para colorir
meias
tatuagens
mesa para pintar
pijama para pintar
livros didáticos
jogo didático

Ferramenta 01

ZIGGY
o novo amigo das crianças da hora de dormir

Função

O cão ZIGGY, fiel companheiro, vai ajudar as crianças na hora de ir dormir.

Modo de Utilização

Comece por ouvir e conversar sobre o que sentem no momento de ir para a cama. Em paralelo, ajude a vestir o pijama e explique que o ZIGGY é um fiel companheiro que podem abraçar e tocar sempre que precisarem. Ele vai lá estar para os tranquilizar e dar carinho.

Dica Extra

Crie uma rotina de dormir. 15 minutos antes, comece por desligar os grandes estímulos, baixar a luz e escolham em conjunto a história que vão ler nessa noite.

Ferramenta 02

Bata para colorir

Função

Desbloqueador de diálogo das emoções para todas as manhãs de rotina de aulas.

Modo de Utilização

Antes de sair de casa, perguntar como te sentes e incentivar a pintar o monstro da emoção identificado na bata. Este exercício deverá ser feito o maior numero de vezes para que a sua utilização tenha resultados.

Dica Extra

Se a criança sentir duas emoções em simultâneo, sugira que pinte mais de que uma emoção. A bata já vem com os marcadores incluídos.

Ferramenta 03

Pack de meias das Emoções

Função

Desbloqueador de diálogo das emoções para todas as manhãs de rotina de aulas.

Modo de Utilização

No momento em que as crianças se estão a vestir, aproveite para perguntar qual a emoção que sentem e encoraje a livre expressão das mesmas através dos seis pares de meias.

Dica Extra

Se a criança sentir duas emoções em simultâneo, sugira que vistam uma emoção em cada pé.

Ferramenta 04

Tatuagens das Emoções

Função

Desbloqueador de diálogo das emoções para todas as manhãs de rotina de aulas.

Modo de Utilização

Aplicar sobre a pele com recurso de umas gotas de água ou uma toalha molhada. Antes de sair para a escola, pergunte “Como te sentes?” e escolham, em conjunto, o monstro ou monstros que melhor definem essas emoções. Ao chegar à escola, pela expressividade desta ferramenta, incentive a partilha com os seus amigos e o diálogo continuará.

Ferramenta 05

Mesa para pintar

Função

Desbloqueador de diálogo das emoções nas tardes de fim de semana.

Modo de Utilização

Reunir os marcadores preferidos, respirar e pintar. A pintura e a arte são das melhores formas de expressão e exteriorização das mais profundas emoções. Para além disso, vai ser especialmente divertido ter uma mesa onde é permitido pintar. Aqui não há limites, apenas uma base de expressão e aprendizagem.

Dica Extra

Acompanhe as crianças nesta atividade porque as cores, as letras e os monstros selecionados revelam o que sentem e não conseguem traduzir em palavras.

Ferramenta 06

Pijama para colorir

Função

Desbloqueador de diálogo perfeito para a hora de dormir.

Modo de Utilização

Depois de tomar banho, reduzir a luz no quarto e introduzir uma conversa sobre o que aconteceu durante o dia. Depois de identificadas as emoções predominantes, ajude o seu filho a colorir os monstros protagonistas.

Dica Extra

Se a criança sentir duas emoções em simultâneo, sugira que pinte todas as que sentir. O pijama já vem com os marcadores incluídos.

Ferramenta 07

Livros didáticos

Função

Desbloqueador de diálogo perfeito para a hora de dormir.

Modo de Utilização

O pijama já está colorido e as emoções identificadas, segue-se o momento de ler uma história que dê outras perspetivas, ajude a lidar com as emoções sentidas, e proporcione ajuda para uma noite bem dormida.

Ferramenta 08

Jogo didático “Como te sentes?”

Função

Desbloqueador de diálogo das emoções nas tardes de fim de semana.

Modo de Utilização

Sentar, abrir o jogo e dispor consoante as instruções na caixa. A partir daí, o céu é o limite. Faça as perguntas e treinem a escuta ativa, é importante ouvir e sentir a perspetiva das crianças. Se alguma dúvida surgir, existem algumas sugestões para a resposta. Divirtam-se e conheçam-se em família.

Prof. Dr. Mário Cordeiro

Em colaboração com o Dr. Mário Cordeiro, Professor de Pediatria e de Saúde Pública, abordamos dois temas essenciais para o desenvolvimento da autonomia e das competências emocionais das crianças.

Com o seu vasto conhecimento profissional, aprofunda e explana cada tópico na primeira pessoa, seja em forma de depoimento ou de carta aberta, orientando os pais de forma prática e descomplicada:

Os medos fazem parte das emoções e sentimentos humanos e, na maioria dos casos são justificáveis e desejáveis, caso contrário poderíamos correr riscos que seria lesivos para a nossa integridade física. Há medos que estão na nossa mente, como herança dos nossos antepassados de milhares e milhares de anos, dado que o nosso ADN transporta esses sentimentos de geração em geração.

A noite, por essa razão, sempre foi um momento mais difícil e perigoso, e temos dentro de nós essa ideia milenar, a de que os inimigos, predadores, feras e cataclismos aparecem a essa hora do dia. Controlamos menos o ambiente, com a escuridão e a solidão e, mais, ao adormecermos perdemos o controlo dos acontecimentos. Sentimo-nos mais frágeis!

«O que é que ele queria, João?»

É por isso que muitas crianças têm medo, quando chega a hora de dormir ou quando acordam a meio da noite. A presença dos pais ajuda a acalmar e a entender que, afinal, nada de especial se está a passar, mas é uma enorme tarefa e um grande cansaço para os progenitores.

O ditado diz que «tem medo compra um cão» e não podia estar mais certo. Os cães são amigos das crianças, protegem-nas, muitas vezes apenas com a sua presença mas, também, através do toque na sua pelagem, quente e fofinha. Todas as crianças querem ter um cão… exatamente por isso. Um cão é um amigo.

Se uma criança tiver um cão no pijama, mesmo que numa forma de simples botão, ao qual é dada uma identidade própria (um nome, ZIGGY, uma existência e em quem os pais confiam e com o qual falam), poderá aprender a tocar-lhe quando, à noite, se sente mais desprotegida – o toque no cão ajudá-la-á a perceber que não há lugar para medos e que está em segurança.

Vai ser bom adormecer fazendo festinhas ao ZIGGY; vai ser bom, quando uma criança acordar durante a noite, saber que tem o ZIGGY ali mesmo e senti-lo, e que ele toma conta dela podendo, assim, readormecer com tranquilidade, mimo, carinho e sonhos bons.

«Pai. Sinto-me triste!».

«Triste? Mas alguma vez tu sabes o que é estar triste? Ou chateado? Ou teres problemas, como eu, e, isso sim, ter mais do que razões para estar triste? Não estás bom da cabecinha. Olha, vai brincar e deixa-me em paz, que, caso não tenhas percebido, estou a ver o que se passa nas notícias!».

«O que é que ele queria, João?»

«Nada, Madalena. Apareceu aqui, sem mais, a dizer que estava 'triste', imagina… como se na idade dele houvesse espaço para tristezas… estes miúdos, às vezes».

Esta 'cena familiar' poderia ter ocorrido há 100, há 50 anos ou até hoje, em muitos dos lares portugueses. Uma criança sentir-se triste? Que coisa escabrosa, estranha, impossível. Alegre, feliz, ainda vá lá, pois se lhes damos tudo e mais o que for, assim sim. Uma criança «tem de» ser feliz, andar contente, irradiar alegria, espalhar no rosto e nos gestos como é bom ser criança. «Ai, se eu fosse criança!». «Ai, quem me dera recuperar a criança que há em mim!». «Ai, eu cheio de responsabilidades e ver estas crianças tão livres e tão inocentes…».

Pois, leitor, desengane-se. As crianças são seres humanos e, mesmo que isso o pasme, têm sentimentos desde as primeiras semanas de vida intrauterina.

Até os cães têm sentimentos, sabia? E a infância, acredite porque é a Ciência que o diz, conta-nos que essa época da vida é uma tragédia. Sim, sem aspas. Uma tragédia negra, e não cor-de-rosa ou azul-bebé, como tentamos pintá-la nas nossas ideias que têm tanto de magnífico como de errado. É a idade dos medos, da falta de liberdade, da dependência total dos adultos e dos humores dos adultos. E porque são sensíveis, as crianças têm sentimentos, que incluem raiva, horror, medo, pavor, receio, tristeza, vergonha, melancolia, alegria, satisfação, coragem, ousadia, mal-estar, bem-estar, pânico, segurança, humor, aborrecimento, etc., etc.

Sabendo isso – repito, é a Ciência que o demonstra à saciedade e à sociedade –, talvez seja importante e, diria, urgente, ouvi-las, entendê-las, apercebermo-nos de como reagem perante situações que são dilemas éticos, que ainda se estão a formar nos conceitos do Bem e do Mal, que a empatia é coisa que se desenvolve ao longo da vida e não um dado adquirido, que é preciso falar dos sentimentos, das emoções, do que sentimos, porque se há coisa que a Inteligência Artificial nunca nos vai substituir é, a par da Estética, a Ética, ou seja, as emoções e a proximidade física, intelectual e psicológica com o Outro. Escutá-las no seu domínio, que são, entre outras coisas, os jogos, como os jogos de cartas.

Falemos de emoções. Discutamo-las. Mais, tenhamos até «várias versões da História», ou seja, o que para mim me pode causar um embaraço, para outro pode ser uma facilidade, o que me causa alegria pode causar vergonha a outra pessoa – essa é a vantagem de se ser humano. Está de parabéns a Zippy, por ter pegado neste tema e ter feito dele uma bandeira, uma causa.

As emoções são parte de nós – joguemos ao seu jogo, e… acreditem, adorava «ser mosca» para ver como vão decorrer os jogos que, certamente, toda a família jogará e os debates e discussões que ele suscitará – joguem o Jogo das Emoções e… emocionem-se. Não há nada de mais Belo. E passem a perguntar aos vossos familiares e amigos: «como é que te sentes?». Em vez do tradicional e fácil «está tudo bem, não está?»

As emoções existem desde que nós… somos nós, ou seja, desde sempre. Todos os mamíferos têm emoções – basta ter um gato ou um cão para o saber. Se falamos com as crianças de alimentação, higiene, sono, cuidados gerais, proteção solar, prevenção de acidentes… porque não falar abertamente de aspetos tão importantes como as emoções, as quais vivemos diariamente, em catadupa, e que nos causam, por vezes, tantos embaraços e desconfortos., mas também momentos de bem-estar e de contentamento?

As emoções conseguem uma coisa extraordinária: reunir a nossa parte intelectual, a psicológica, a espiritual e também a física e biológica. São a «cola» que fazem o puzzle que somos e a prova melhor de que estamos vivos. Como seria possível cuidar de uma criança, ensinar uma criança, educar uma criança, respeitar uma criança sem escutar, trocar ideias, debater e falar sobre emoções?

Livros Didáticos