O que significa “gestão emocional” para uma criança?
É, no fundo, aprender a reconhecer, dar nome, expressar e regular emoções. Nos primeiros anos, isto depende totalmente do adulto - o que os especialistas chamam de co-regulação (o adulto empresta calma e estrutura). Aos poucos, a criança passa para a autorregulação: consegue usar estratégias próprias, mas sempre inspirada nos modelos à sua volta (pais, educadores, irmãos mais velhos).
Como apoiar as emoções em cada idade
0–2 anos: co-regulação total
O choro é a linguagem principal e as emoções vêm cruas e intensas. Aqui, o adulto , sobretudo os pais, devem apoiar no processo de relaxamento: com colo, pele-a-pele, ou voz suave. Quando os adultos respondem às emoções de forma consistente, o bebé aprende a confiar e o seu sistema nervoso acalma mais rápido.
3–5 anos: aprender as palavras
Nesta fase, dizer às crianças “Estás zangado” ou “Vejo que estás triste” não reforça a emoção, pelo contrário. Rotular emoções diminui a reatividade do cérebro e há experiências com livros ilustrados que provam que ler histórias sobre sentimentos e emoções, melhora a compreensão e a capacidade de dialogar e gerir as emoções sentidas.
6–9 anos: praticar estratégias
É nesta fase que entram em cena as ferramentas práticas. É recomendado dinamizar jogos e rotinas com as crianças, porque dão estrutura e ajudam a treinar a gestão emocional no dia a dia.
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10–12 anos: pensar antes de reagir
A pré-adolescência traz mais consciência (e conflitos). Estudos recentes mostram que planos “Se… então…” (“Se ficar nervoso antes do teste, então respiro fundo”) tornam a regulação mais prática. Diários de emoções, escritos ou desenhados, também ajudam a
organizar a cabeça.
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